Essa fase do químico francês Antoine Lavoisier é a que melhor descreve as esculturas da artista tcheca Veronika Richterová. Em suas obras ocorre uma transformação das onipresentes garrafas PET (politereftalato de etileno) com sua técnica de esquentar o plástico, moldá-lo e cortá-lo nos formatos que vão de cactos até jacarés.

Estas obras são belos exemplos do que pode ser feito com as embalagens após seu uso, ao reutilizá-las é possível não só dar uma destinação mais ecológica a algo que iria poluir rios e mares, como criar uma beleza que antes não existia em suas formas originais sem muita personalidade ou beleza.

No ano de 2014 foram produzidas 720 bilhões de toneladas de embalagens PET no Brasil, e pouco mais da metade foram recicladas (57%), portanto é nosso dever dar outras utilidades a esses materiais que não são biodegradáveis.

Caso não queira se aventurar na reciclagem artística, você pode, quando sua cidade não possui coleta seletiva, separar as embalagens plásticas e encaminhá-las a cooperativas de reciclagem. Para encontrar a cooperativa mais próxima de sua casa ou ponto de coleta acesse esse mapa.

As garrafas PET podem seguir diversos caminhos após seu consumo. E Veronika decidiu pelo caminho mais nobre, o de dar um destino artístico a esses descendentes do petróleo.

Agora essas garrafas ganham cor e personalidade, conseguindo até mesmo terem expressões corporais similares aos animais e plantas que imitam.

A artista envolveu-se tanto com sua matéria prima que criou um museu para os mais variados formatos e cores das garrafas PET na cidade de Praga, que possui mais de 3000 itens de todas as partes do mundo.

Veronika costuma retirar as garrafas PET do lixo, atuando como uma verdadeira agente da reciclagem e uma ativista pela conscientização de como reciclar embalagens plásticas. Seu trabalho é importante para que possamos nos conscientizar e começarmos imediatamente a causar menos danos ao planeta em que vivemos .

Conheça o livro cartonero de Juliano Rocha 'Eles Chegaram!/No Terminal'